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Perguntas frequentes sobre a fenilcetonúria

Analise as perguntas comuns sobre a fenilcetonúria (PKU)

O que causa a PKU?

A fenilcetonúria (PKU) é um erro inato do metabolismo da fenilalanina (Phe) causado por variantes no gene PAH, que codifica a enzima fenilalanina hidroxilase (PAH). Essas variantes levam à deficiência total ou parcial da atividade enzimática da PAH, resultando na incapacidade de metabolizar o aminoácido Phe.

Como a PKU afeta o cérebro?

Como a enzima PAH catalisa a hidroxilação de Phe em tirosina (Tyr), a conversão de Phe em Tyr é prejudicada. Isso faz com que o aminoácido Phe se acumule no sangue e no cérebro, levando a deficiência intelectual, bem como a consequências neurológicas, neuropsiquiátricas e psicossociais.4

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A PKU pode causar danos cerebrais?

Se não forem adequadamente controlados, os níveis excessivos de Phe, que são tóxicos para o cérebro, interrompem a neurofisiologia normal. Níveis elevados de Phe podem levar a complicações neurológicas e neuropsicológicas graves, afetando a maneira como as pessoas com PKU pensam, sentem e agem.1,2,6,7

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PKU: quão comum é?

No Brasil, a prevalência estimada de PKU é de 1 caso a cada 25.000 nascimentos.

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Por quanto tempo você controla a PKU?

O American College of Medical Genetics and Genomics divulgou diretrizes em 2014 sobre o diagnóstico e o tratamento da PKU: o tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível e mantido por toda a vida; os níveis sanguíneos de Phe devem ser mantidos em entre os níveis entre 120-360 μmol/L para pacientes até 12 anos, e entre 120-600 μmol/L para pacientes com 12 ou mais anos durante toda a vida; durante toda a vida; e qualquer combinação de terapias que ajude a manter os níveis sanguíneos de Phe na faixa recomendada é apropriada3,7

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Quais são os sintomas comuns da PKU?

Os efeitos da Phe elevada são sentidos durante toda a vida do paciente.3,7

Jovens adultos e adultos com Phe não controlada podem apresentar sintomas neurológicos, psiquiátricos e cognitivos, incluindo:

  • Depressão
  • Ansiedade
  • Deficiências no funcionamento executivo
  • IQ mais baixo do que o da população adulta em geral

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Quais comorbidades estão associadas à PKU?

O ônus da PKU vai além do cérebro e se estende a muitos aspectos da vida adulta. Os adultos com PKU têm um risco maior de várias comorbidades multissistêmicas.8

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Qual é a dificuldade de controlar os níveis de Phe no sangue?

O controle da Phe geralmente abaixa durante a adolescência, aumentando a gravidade dos sintomas neuropsicológicos e afetando negativamente a qualidade de vida.2,3
Pacientes adultos jovens e adultos podem ficar presos em um ciclo de declínio, dificultando a adesão à dieta e o controle da PKU.6,9

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Qual é a dieta para PKU?

A base do tratamento da PKU é o controle dietético por toda a vida com uma dieta com restrição de Phe.3,10

Uma dieta com baixo teor de Phe consiste em três partes principais:3,10

  • Restrição da proteína natural
  • Alimentos/fórmulas/suplementos medicinais
  • Alimentos modificados com baixo teor de proteína

Embora a dieta com restrição de Phe continue sendo a pedra angular do tratamento de pacientes com PKU, existem desafios que podem dificultar a adesão estrita dos pacientes.3,11

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Qual é o benefício de reduzir os níveis de Phe no sangue?

A redução da Phe é reconhecida como a principal estratégia no controle da PKU.3

Os níveis elevados do aminoácido Phe estão correlacionados com a gravidade dos sintomas neuropsicológicos, que geralmente melhoram com a redução dos níveis de Phe.3

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Quais são as recomendações atuais das diretrizes clínicas para os níveis de Phe no sangue?

De acordo com especialistas europeus, recomenda-se iniciar o tratamento o mais cedo possível e manter os níveis entre 120-360 μmol/L para pacientes até 12 anos, e entre 120-600 μmol/L para pacientes com 12 ou mais anos7

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Como a PKU é tratada?

Globalmente, a abordagem para o controle da PKU tem sido uma dieta altamente restrita em Phe, terapia nutricional medicamentosa e alimentos com baixo teor de proteína. Em combinação com uma dieta com baixo teor de Phe, também estão disponíveis medicamentos prescritos.3,10

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Referências:

  1. Ashe K, Kelso W, Farrand S, et al. Psychiatric and cognitive aspects of phenylketonuria: the limitations of diet and promise of new treatments. Front Psychiatry. 2019;10:561. doi:10.3389/fpsyt.2019.00561.
  2. Brown CS, Lichter-Konecki U. Phenylketonuria (PKU): a problem solved? Mol Genet Metab Rep. 2016;6:8-12.
  3. Vockley J, Andersson HC, Antshel KM, et al; American College of Medical Genetics and Genomics Therapeutic Committee. Phenylalanine hydroxylase deficiency: diagnosis and management guidelines. Genet Med. 2014;16(2):188-200.
  4. Blau N, van Spronsen FJ, Levy HL. Phenylketonuria. Lancet. 2010;376(9750):1417-1427.
  5. Rocha JC, MacDonald A. Treatment options and dietary supplements for patients with phenylketonuria. Expert Opin Orphan Drugs. 2018;6(11):667-681.
  6. Bilder DA, Noel JK, Baker ER, et al. Systematic review and meta-analysis of neuropsychiatric symptoms and executive functioning in adults with phenylketonuria. Dev Neuropsychol. 2016;41(4):245-260
  7. van Wegberg AMJ, MacDonald A, Ahring K, et al. The complete European guidelines of phenylketonuria: diagnosis and treatment. Orphanet J Rare Dis. 2017;12(1):162. doi: 10.1186/s13023-017-0685-22.
  8. Burton BK, Jones KB, Cederbaum S, et al. Prevalence of comorbid conditions among adult patients diagnosed with phenylketonuria. Mol Genet Metab. 2018;125(3):228-234.
  9. Thomas J, Nguyen-Driver M, Bausell H, Breck J, Zambrano J, Birardi V. Strategies for successful long-term engagement of adults with phenylalanine hydroxylase deficiency returning to the clinic. J Inborn Errors Metab Screen. 2017;5:1-9.
  10. Rocha JC, MacDonald A. Dietary intervention in the management of phenylketonuria: current perspectives. Pediatric Health Med Ther. 2016;7:155-163.
  11. Ford S, O’Driscoll M, MacDonald A. Living with phenylketonuria: lessons from the PKU community. Mol Genet Metab Rep. 2018;17:57-63.
  12. Evinc SG, Pektas E, Foto-Özdemir D, et al. Cognitive and behavioral impairment in mild hyperphenylalaninemia. Turk J Pediatr. 2018;60(6):617-624.
  13. Jahja R, Huijbregts S, de Sonneville LMJ, van der Meere JJ, van Spronsen FJ. Neurocognitive evidence for revision of treatment targets and guidelines for phenylketonuria. J Pediatr. 2014;164(4):895-899.
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